Manipulação na Copinha: Polícia Civil diz que há segundo aliciador envolvido no caso

A polícia de São Paulo investiga se há outros casos de manipulação na competição

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Copa São Paulo de Futebol Júnior está na terceira fase (Divulgação / FPF)

Escrito por João Pedro Soares, supervisionado por

Após surgir um novo caso de manipulação no futebol brasileiro, desta vez na Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Polícia Civil identificou e indiciou, na terça-feira (9), Jiuliano José da Silva Bezerra, por aliciar um goleiro do Nacional-SP, oferecendo R$ 10 mil para ele sofrer dois gols na partida contra o Avaí-SC. Segundo a investigação, o aliciador não era o único envolvido no caso.

Em entrevista exclusiva ao Lance!, o delegado César Saad, da Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), disse que Jiuliano tinha um amigo que também estava aliciando o jogador. Ele ainda não foi identificado.

- No mesmo dia nós identificamos uma segunda pessoa que estava com ele nessa tentativa de manipular o resultado da partida. Ele estava com mais uma pessoa que agia com ele, para oferecer o dinheiro para o atleta. Essa pessoa também vai ser identificada nos próximos dias e também vai ser encaminhada para delegacia, onde passará pelo mesmo procedimento e vai ser indiciada - contou o delegado.

Jiuliano aliciou o jogador por meios de mensagens escritas e por áudios, e ofereceu ao atleta R$ 10 mil para sofrer dois gols na partida entre Nacional-SP e Avaí-SC, pela terceira e última rodada da fase de grupos da Copinha. A denúncia foi feita pelo goleiro à Federação Paulista de Futebol (FPF), que levou o caso para a polícia.

Na partida, o Avaí venceu por 1 a 0, garantindo a classificação e a liderança da chave. O Nacional somou apenas um ponto e foi eliminado do torneio.

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Inicialmente, Jiuliano negou qualquer tipo de aliciamento do atleta, mas com as mensagens nas mãos da polícia, ele confessou o caso. Ele foi indiciado pelo crime de manipulação de resultado previsto na Lei Geral do Esporte. A pena vai de dois a seis anos de prisão.

Segundo o delegado César Saad, também está sendo investigado se há outros casos de manipulação de jogadores na Copinha. Jiuliano não tem outras ocorrências de aliciamento de atletas.

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